26.7.09

Sempre só
a viver em meu desfazer
aprendendo sem querer a ser só

Assim vou por aí
em meu caminho tão só meu
sem muito mais a dar

Adormecida assim sigo
em meu porão sombrio
sem nada a habitar


15.7.09

Tô abstraindo o tédio, a solidão, uma existência sem razão
Abstraio a rotina, a falta de emoção, as noite em vão
Ainda abstraio as pessoas pequenas

Abstraio tudo que agora não consigo
por resgatar a escrever

Abstraio até a mim mesma,
que também sou cheia de problemas

Abstraio na bebida e na ocupação, o tempo

Abstraio tanto que penso ser vaga
mas minto a dizer ser abstração

Tudo ainda é tormento
e só com o esquecimento
encontraria eu a solução.

6.7.09

Vazio, cansaço e coisas que me trazem aborrecimentos
Alguns problemas, alguns afazeres, e silêncio

Os dias passam... mas o que esperar dos dias,
Os dias são vazios e pálidos como eu
Eu era feliz um dia... Talvez

Tento comprar umas alegrias
mas não tem muita graça
São coisas frias que não movem nada
E eu que sempre sorria...

Tento encontrar pessoas
Que também ficaram frias
E ocupadas estão em seu pensar

Tento sair e uma surpresa da vida vivenciar
Mas as ruas estão sombrias
E prontas a machucar

Encontro o conforto da cama vazia
A me amparar e me abraçar
Sem sentimentos a me consolar
Para o mesmo dia eu começar.