8.12.09

Hoje a solidão veio a me falar
A requerir mais atenção
Sentei e ouvi, chorei com ela
Quanta dor no coração

Vem amiga, se recoste em mim
Eu não vou mais te deixar
O abandono eu também sofri
E vamos dele compartilhar

Desculpe a minha ausência
Quis no amor acreditar
Mas agora tenho a ti
sempre perto a me consolar
Hoje somos nós abismo
Seladas no silêncio
E ecos trazem sua imagem ausente

Continuo em meu caminhar
Pedaço de mim pelo chão
Quem sabe venha a me buscar

Não há mais o que esperar
Mas dentro de mim
Algo não se desfaz

Patética, olho para trás
Não há nada
Só meus passos arrastados
No peso deste adeus

17.10.09

Eu queria hoje ter a pureza
ter assim, uma alegria ingênua
de quem não sabe o que é sofrer

Eu queria em tudo acreditar
e dizer a mim: VAI, VAI!!!
Como só quem ainda não caiu pode caminhar

Eu queria ser capaz de ver a beleza que tem
sem nenhuma mágoa ou névoa a carregar
E te daria um êxtase de início

Mas eu hoje sou assim
este ser já meio cansado
já um tanto esfacelado

Que não pode de tudo se desprender
Sou o novo, sempre ligado ao velho
e é o que posso te dar

Sou assim feliz com um olhar a pesar
sou o sorriso que derrama uma ponta de tristeza
o entusiasmo contido e desconfiado

Mas luto com tudo isso
para o pleno te dar
e em seu colo me findar
Alguns drinks e algo mais
É sempre assim na noite
Palavras vão e pessoas vêm
São como sonhos, que aparecem e se esvaem

Pessoas são imagens nestas passagens
Não há depois, tudo no ar
Pessoas são ventos que atravessam

Acordo e tudo se acabou
Nada se retém
Pessoas são águas e tormentas

Perco-me, me afogo, e me encho
São confusas, são lamentos, são passados
Que se fazem no presente
Pessoas também são alocações decadentes

Querem tudo dizer e tudo mostrar
De um ser que não ali está
Pessoas são manchetes
E tablóides que se vendem

Pessoas...
Lindas, fabulosas e mentirosas
São pessoas e nada mais
Finjo que passou, que tudo se perdeu
Que de nada guardo ou levo
Mas as canções ainda são as suas

Vou em frente, meio sem pensar
Sem querer resgatar
Mas ainda algo me leva a você
Mesmo sem comigo estar

Tenho agora calor
Tenho também ardor
Mas a tristeza me bate
e me leva até a você

E nos vejo sem o mesmo esplendor
Como algo que só ficou na intenção
De um quase amor, que já se findou

Em meus sonhos ainda se parece comigo
E meu quarto ainda é repleto de você
Dentro de mim ainda reside um espaço
Que embora não entenda, existe

E vou embora de você aos poucos
Em um lamento silencioso
De quem parte com o respeito
maior que o próprio ser

2.10.09

Huuuuummmmm...

Este hum, tem algo de gostoso em si
Também um “que” de lembrança
É uma coisa assim, que ressalta das demais
E é huuummmm...

Que traz em si um tanto de mistério
Aos que ouvem uma indefinição
Que intriga e deixa uma impressão

Que também fala de vontade
E também de satisfação
Revestido de desejo
E tão huuummm...
Sempre em continuação

Monossilábico e vasto
Tem tanto em si a dizer
Este hum, que me vem
Ao resgate na memória de você.

20.9.09

Eu vi...

Eu vi algo de beleza
eu vi também uma certa tristeza
E tanta doçura em seu existir

E ainda há algo muito além
muito mais profundo
e tanto mais sentimento
que sem saber está a exprimir

Eu a vi pairar no ar
numa queda graciosa e leve
E ninguém sabe da sua dor

Eu a vi levar a vida
se desgarrando de rancor

E te reconheço
num explicar sem razão

Eu a vi transmutada na delicadeza
eu vi mesmo que em sonho
a essência da tua natureza

Eu eu nunca a vi.
Sou o melhor que pude fazer de mim
ainda assim me vejo tão distante
do que de mim mesma anseio

Já não me busco na perfeição
entendi que muito da vida é erro
e conserto ou reconstrução

E sempre existi um, se fosse assim
mas nada evolui sem o questionar
e que muito sou feliz
de nunca vir a me bastar

De que serviria eu continuar?
Se tudo de mim já se fizesse
Que dia viria eu a respirar?
se outros lugares já não quisesse

Assim vivo sempre a me desgostar
Me confundo e me perco
para sempre ter que algo novo a incorporar.

18.9.09

A muito tempo aqui não sento,
não respiro ou penso
apenas sigo o levar da vida
presa as horas, sempre sem tempo

Muito se vai, se faz, se transforma,
nada vejo, anestesiada na rotina...
Permaneço

Já não eu sinto, nem mesmo lamento
tudo de mim, absorvida
sem sentimento assim desprovida
passam-se dias, horas, meses
e assim nesta lida...
Já me esqueço

Algo acontece no fundo de mim e pouco percebo
nada me transborda
Passam-se pessoas, ventos, momentos
e na corrida destes dias
sou apenas meu sustento

Tudo tão pobre assim nesta hora
que muito de mim me vejo
reflito e me vem muito sofrimento
que só se faz nestes lapsos
onde sou mais...
que apenas um ponteiro do tempo.

20.8.09

Fragmentos de pensamentos
que vão e que vêm
e em estilhaços se explodem
que se dissipam, ou não, com o tempo

Alguns se cravam e me rasgam
outros absorvo e me complementam
e se instalam, sem adeus

Se misturam e entrelaçam
a tantos sentimentos
e nada os definem ou separam

A percorrer a vida num só momento
os invejo e tenho medo

Caleidoscópicos
não os decifro ou explico
sinto e penso

Assim se firmam meus pensamentos
fustigam a minha dor
elevam minhas alegrias
reforçam meus lamentos

E tantos são os pensamentos.

18.8.09

Sou tênue, sou branda
E lento é o meu falar
Caminho como o vento que flui
Mas sempre a me arrebatar

Existi em mim tantas
Mas nestas muitas,
sempre sou eu.

Sou engraçada, por vezes, triste
mas sempre atenta
e pronta a ouvir

Muitos são meus defeitos
E muitos, ainda mais, meus erros
mas o bem reside em mim

Minhas rimas, boas ou ruins
ainda que pobres, sentidas
derramam o meu exprimir

Talvez eu ande muito só,
mas é em companhia
que algo me move
que me sinto existir.

Os caminhos a que escolho
muitos se extinguem
E me deixam sem direção
Mas o tempo, é muitas vezes solução
E continuo a prosseguir

Pelas vidas que habito
Que venho a perder
Que me contento, que desfaleço
E pelo muito que penso
A vida continua a fluir.

26.7.09

Sempre só
a viver em meu desfazer
aprendendo sem querer a ser só

Assim vou por aí
em meu caminho tão só meu
sem muito mais a dar

Adormecida assim sigo
em meu porão sombrio
sem nada a habitar


15.7.09

Tô abstraindo o tédio, a solidão, uma existência sem razão
Abstraio a rotina, a falta de emoção, as noite em vão
Ainda abstraio as pessoas pequenas

Abstraio tudo que agora não consigo
por resgatar a escrever

Abstraio até a mim mesma,
que também sou cheia de problemas

Abstraio na bebida e na ocupação, o tempo

Abstraio tanto que penso ser vaga
mas minto a dizer ser abstração

Tudo ainda é tormento
e só com o esquecimento
encontraria eu a solução.

6.7.09

Vazio, cansaço e coisas que me trazem aborrecimentos
Alguns problemas, alguns afazeres, e silêncio

Os dias passam... mas o que esperar dos dias,
Os dias são vazios e pálidos como eu
Eu era feliz um dia... Talvez

Tento comprar umas alegrias
mas não tem muita graça
São coisas frias que não movem nada
E eu que sempre sorria...

Tento encontrar pessoas
Que também ficaram frias
E ocupadas estão em seu pensar

Tento sair e uma surpresa da vida vivenciar
Mas as ruas estão sombrias
E prontas a machucar

Encontro o conforto da cama vazia
A me amparar e me abraçar
Sem sentimentos a me consolar
Para o mesmo dia eu começar.

28.6.09

Entre latas vazias padeço
Em meio a cinzeiros cheios amanheço
E caminho, ausente a mim mesma

Vazia e seca levanto
Como sem dia ou noite
Apenas andando permaneço

Lugares que passam
Tudo é só tempo
Mas de ti não esqueço

E me pergunto porque tudo retenho
Se as coisas se vão ao vento
E sei que depois me entristeço

Se não te faço crer
Se meu estar se faz em desânimo
E se na festa do adeus sempre compareço

Feliz mais eu seria sem o querer
Sem encontro ou desencontro
Porque sozinha não permaneço?

Tivesse eu a decisão das horas que sempre só avançam
Tivesse eu um só caminho nada hesitante
Fosse eu simples que tudo pudesse palavras dizer
Mas ainda assim, insisto e sempre desfaleço.
Cansei de pensar
de tentar entender
de buscar respostas nas entrelinhas de você

aguardo seu juizo
como quem aguarda sua sentença
para assim viver ou morrer

Na alegria ou no lamento do seu querer
Nas lembranças doces e cortantes
que deixou no meu viver

Sigo, se assim quiser
Não te esqueço
Não te escarneço

Apenas triste amanheço...

5.6.09

Eu não posso ser o que nem sei
o que não consigo ver
que está nos olhos que aqui me vêem

Sou ainda este eu
este eu que me agrada
e que às vezes odeio

E me faz repensar
fazer e desfazer
e voltar a ser o que fui
o que eu reneguei

Eu abro as portas que ontem fechei
e acredito, como se nunca por ali andei
Deixo-me habitar, e me fazer em festa
sem pensar na bagunça de depois

Eu não sou mais o momento
O centro do seu centro
E em seu carinho ausente
Me calo, imersa em dor

O que me reaviva é o que me volta a morte
Como as ondas que vem e que vão
E que deixam suas marcas desenhadas pelo chão

Minha tristeza se agarra em qualquer coisa de você
E fico sem saber o que fazer para não te perder
Sem saber o que dizer a minha saudade
que reclama sempre um pouquinho mais

Não te digo o que pressinto
pois temo a dor da confirmação
e não quero encarar a separação

Ainda te vejo nos braços meus
desejo que seus beijos ainda sejam meus beijos
e não na dor triste do adeus

Deus queira que seja bobagem o que sinto
Que esteja eu sofrendo em vão
Que tudo não passe de um delírio
Medos tolos de meu coração

9.4.09

Bloqueio, é tudo que tenho
Palavras não vêem,
angústia neste inexprimir
que anseio

Tento derramar o que retenho
É inútil, tudo se faz fugir
É tão simples o que desejo
Mas vãs são as palavras no meu construir

Que assim fico em silêncio
A traduzir todo o meu sentir
Sem que nada deste sentimento
Se passe sem se exibir

Pode ter algo de mistério
Em seu tímido existir
Mas tudo que aqui tenho
Monta-se muito mais em meu agir

E se ainda assim, tudo se fizer vago
E nada de mim te mostrar eu conseguir
Que creia nestas poucas palavras
Que dizem pouco do meu muito sentir.

2.4.09

Não pense que serei a salvação
não busque algo de refugio em mim
nem me queira como algo que possa reter

Eu sou um tanto de perdição
sem pretensão, mas sou assim
por algo além do que posso ver

Existe algo de sedução
em meu buscar sem fim
no desejo eterno de padecer

E se sucumbirmos a esta tentação
e se eu vier a te buscar mais que a mim
não me afogue em seu querer

Deixemo-nos sentir esta sensação
e que possamos gozar assim
do que não se pode prever
do que esta por vir

Pois se de repente vier a surgir
e estiver além do querer
como em outra dimensão

A reavivar toda e qualquer emoção
a fazer de crenças o dia a existir
onde me encontro e me deleito a seu querer
e se assim também vier a me sentir

Que vivamos intensamente!
mesmo que em perdição

E se mesmo assim, tudo se desfizer
e for inevitável a separação

Que guardemos as lembranças,
sem devastação
deste amor inesperado
e imortalizado em mim.

14.3.09

O dia amanhece, aos poucos tudo vai ganhando nitidez
Mas eu ainda não dormi nem amanheci, apenas vago
Não sou noite nem dia, sou tão pouco gente
Sou como o vento, que transpassa e assiste ao mundo

Caminho pelas ruas ainda mortas,
habitada por pensamentos
Não estou fora nem estou dentro
Apenas penso, num mesclar sem fim
As coisas que passam a meus olhos
me levam ao fundo de mim

Respiro a cada momento,
cada passo um acontecimento
Mas que começa e se finda em mim
Só eu estou a ver,
apenas eu estou a sentir

Sou eu um mundo, giro, morro e nasço
E ainda sou eu neste mundo todo
Onde não sei existir.
Pior que perder por erros alguém,
é perder por algum motivo além
por razões e impossibilidades
que estão acima das capacidades

Por piadas que a vida insiste em fazer
e também destinos que caminham ao desfazer
e que por mais forte que se seja
recai a dor do não se ter

Essa noção do pequeno que sou
a consciência do ser limitado
Do real duro e implacável
me deixa triste e só

A frustração do inatingível se monta
E tudo que tenho são palavras e desejos
Contra o sólido e tátil mundo

Sofro o que não tive, nunca cheguei a ter
mas que se fez um bom prenúncio de vir a ser
algo que encanta, em seu imaginar

A mente é tão mais que o corpo
tanto mais é seu poder
tão mais nobre e abdicada
Mas o corpo, Ah, o corpo é querer

E nesta fase de vida eu também sou corpo
o seu tocar eu também sou
e ainda assim sou algo mais
não sou só o desejo
mas este em mim se instala
e anseio por afogá-lo

O que tenho desdenho
o que me foge desejo
e assim vou vivendo

de muito querer
e tão pouco vir a ter

12.3.09

Nasci sopro de vento
Hoje sou bolha
abandonada em meio ao mar

Não posso fluir,
e demorado é meu emergir
Não posso formas ganhar
o mar está a me comprimir

Estou perdida em sua imensidão
onde tudo é pesado e turvo

Não há luz a que eu possa refletir
nem sons a levar
ou aromas a espalhar

Sou bolha, limitada e isolada
luto para a superfície chegar
neste tempo de reclusão
só me resta a mim e minha solidão.
Insisto em me esgotar em meus pensamentos,
me desgasto, me atormento, mas não me basto
até destrinchar todo e qualquer pensamento.

Definição

A Indefinição sustenta possibilidades
A Inquietação impulsiona mudanças
A imaginação transforma realidades
O tempo confronta verdades

Sou um todo disforme que vaga em liberdade
Minha alma é explosão de cores que se sobrepõem
que se harmonizam e se opõem
E assim caminho pelo tempo

Sou como as tintas na tela
que se misturam e se movimentam
a construir e desmontar imagens

Mas o tempo também se cansa
E as tintas secam
Sem vida, movimento ou possibilidades
reduzidas e condenadas a uma só imagem

Existe um momento em que se faz preciso a definição
em que é preciso decidir qual será a imagem a retratar
ou corre-se o risco de se firmar em algo sem expressão

Neutralizada e estática, definida pelo tempo
um dia também eu serei e me questiono
qual será a imagem a que eu resultarei.

9.3.09

Sofre mente
em seu pensamento em dor

Sem palavras...

Não quero ter que dizer nada!

Não quero pensar
nem ter que ser
ou mesmo parecer

Sim, me abstenho das opiniões
abdico às explicações
deixo o mundo falar por mim
de mim ou seja o que for

Sim, vou ficar indiferente
quero quase inexistir
vou repousar no nulo
onde não tenho que decidir

Que a minha mente hoje está cansada!

E quero cair no esquecimento do meu esquecimento
e viver ainda que por um momento
a calma do vazio e do silêncio.

3.3.09

Cantiga

Eu vejo a Lua mansa caminhar no céu
E embalo cantigas como um trovador
Me encontro em seu brilho solitário e nú
Faço uma serenata mas sem teu amor

Viajo em pensamentos
me sinto sem ter fim
Que faço eu da vida
sou só um sonhador

E quando vejo o mundo fico triste assim
Sou eu tão solitário sem o teu calor
As noites vão se passando e eu fico ruim
E tudo assim se vai, ó Deus sou infeliz

Me perco em sentimentos
que recoam em mim
caminho pela vida
sou apenas um amador

As horas já não passam voltam sempre a ti
tudo se fez amargo sem o teu sabor
Lembranças me maltratam e eu fico ruim
E tudo se desfaz , ó Deus sou infeliz

Brincando pelas horas
eu resgato a ti
Vivendo dos momentos
em que esteve em mim

Se tudo é ilusão não quero nem pensar
Pois tudo em meu peito só vai te buscar
Me volto a este tempo em que fui feliz
E tudo que te peço, Amor volta pra mim

18.2.09

As Ondas

Os recuos da vida deixam marcas
que a todo momento se sobrepõem
em seu avanço e recuo, sempre contínuo

E te vejo chegar e partir
como a areia aos pés do mar
sempre a aguardar o seu vir

Embora muito de ti parta
Sou árida e sedenta
Te absorvo, ainda que fujas de mim

Sua fúria por mais das vezes me arrasta
roubando pedaços de mim
que deixo ir e ir

Mas quando vem mansa
e suavemente me cobre
estou de volta ao ventre
e nada pode me ferir

Danço no seu movimento
me embalo em seu fluxo
e me misturo sem nem mais existir

Estou livre e flutuante
sou eu e você dentro de nós
a mergulhar e emergir

E quando me dou por mim
de volta a seus pés estou
em seu constante chegar e partir

15.2.09

Dentro dos muitos momentos em que existo
algo de ti persiste
assim, muito sem razão,
sempre presente
numa estranha sensação.

E ainda que no passado...
Sempre te espreita na decisão
sempre num passar, não passante

Algo de esperança simplesmente
que embora ausente
se faz em meu dia presente.

Que mesmo que não dentro
se faz o sentido de meu existir
Num pranto bonito
que se faz maior só por si

Dentro desses momentos e sentimentos
Onde Deus reside, no seu ato desmedido
Onde me encontro e me espelho
em minha incapacidade imensa

Sou eu assim, sem rumo ou destino
tudo bagunço, tudo desvio
mas o bem que busco é real, e imenso

Num existir de paixão,
assim luto, sempre,
numa existência sem padrão,
onde tudo que me diz a alma
é o que sigo sem noção.

E apenas sou eu
assim, frágil,
humana, cheia de emoção.

29.1.09

Só, sozinho, solidão

Paredes, teto, chão
Móveis, computador, televisão
Só, sozinho, solidão.

Silêncio, ordem, previsão
Segurança, tempo, ocupação
Só, sozinho, solidão.

Trabalho, dinheiro, aquisição
Clausura, certeza, proteção
Só, sozinho, solidão.

Pensamentos, monólogos, divagação
Resguardo, defesa, obstrução
Só, sozinho, solidão...