15.2.09

Dentro dos muitos momentos em que existo
algo de ti persiste
assim, muito sem razão,
sempre presente
numa estranha sensação.

E ainda que no passado...
Sempre te espreita na decisão
sempre num passar, não passante

Algo de esperança simplesmente
que embora ausente
se faz em meu dia presente.

Que mesmo que não dentro
se faz o sentido de meu existir
Num pranto bonito
que se faz maior só por si

Dentro desses momentos e sentimentos
Onde Deus reside, no seu ato desmedido
Onde me encontro e me espelho
em minha incapacidade imensa

Sou eu assim, sem rumo ou destino
tudo bagunço, tudo desvio
mas o bem que busco é real, e imenso

Num existir de paixão,
assim luto, sempre,
numa existência sem padrão,
onde tudo que me diz a alma
é o que sigo sem noção.

E apenas sou eu
assim, frágil,
humana, cheia de emoção.

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