Os recuos da vida deixam marcas
que a todo momento se sobrepõem
em seu avanço e recuo, sempre contínuo
E te vejo chegar e partir
como a areia aos pés do mar
sempre a aguardar o seu vir
Embora muito de ti parta
Sou árida e sedenta
Te absorvo, ainda que fujas de mim
Sua fúria por mais das vezes me arrasta
roubando pedaços de mim
que deixo ir e ir
Mas quando vem mansa
e suavemente me cobre
estou de volta ao ventre
e nada pode me ferir
Danço no seu movimento
me embalo em seu fluxo
e me misturo sem nem mais existir
Estou livre e flutuante
sou eu e você dentro de nós
a mergulhar e emergir
E quando me dou por mim
de volta a seus pés estou
em seu constante chegar e partir
18.2.09
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