20.9.12

Sambinha machucado


Aqui em um canto qualquer
Eu te vejo pela porta sair
E desejo que um dia regresses
Com vontade de me ter junto a ti

Vou fingindo viver pra esperar
Que este aperto se desfaça entre nós
Eu anseio pelo calor dos seus beijos
E que a paixão te traga de volta pra mim

Será meu Deus que é desamor
Será que este aperto que trago no peito
Prediz solidão

Onde foi se esconder minha grande paixão
Me explica qual é o segredo
Que me leva ao seu coração

Estou aqui a lhe rogar
Não se desfaça de tudo o que fomos nós
Eu sei de todos os meus defeitos
Das mágoas que já causei em ti

Mas te peço meu bem
Não deixe o escuro em meu coração

Será meu Deus que esta dor
Que trago no fundo do peito
É desilusão

Me diz o que faço pra reverter esta situação
Me diga amor que ainda há espaço em seu coração

15.9.12


O gosto da traição
É de sabor amargo
É a dor que no orgulho dói

A desolação de um amanhã sem previsão
Onde o dia se faz um fardo
E que a história se destrói

O vivido se faz em mágoa
Hoje o meu peito é desconfiado
E meus olhos sempre marejados
A perda do ser amado
É como um câncer que me corrói

11.9.12

Despetalada


Ela não tem mais tempo de ouvir minhas lorotas
Ela não tem mais vontade de olhar minha derrota
Ela voa pelo mundo
E eu caminho em pedras

Não sou vítima, sou só ferrada
Não sei conquistar o mundo,
sou muito fechada

Ela me dá a indiferença e eu servidão
Não tenho brio nem orgulho
Só sinto a dor da solidão

Não sou tão inútil, nem tão ruim
Mas não sei lhe mostrar
as coisas boas que há em mim

Ela me ignora e não liga se estou ou não
Ela nem me olha e se fecha em pedra
Me desespero, choro, sofro
Tudo é vão
Ela não me vê e se refugia na solidão

Eu fico e ela vai
Eu vou e ela fica
É assim que ela faz

Tudo o que faço desagrada
Minha presença a desgasta
Sou uma desgraçada

9.8.12

Tristeza


Por que a tristeza me espreita?
Por que é sempre ela que está pronta a me acompanhar?
Tudo se vai mas ela sempre permanece
Não importa o quanto a despreze

Ela volta, como quem nunca partiu
A reclamar seu lugar
A se fazer sempre presente

Me desacostumei
Eu de repente me vi feliz, me vi completa
Mas bastou algo se esvaecer para que o tormento
a angústia, o vazio e o sofrimento se instalasse

Ah como eu queria!
Como queria saber viver
Saber tirar da vida o seu melhor
Encontrar as respostas que tanto me fazem sofrer

A tristeza, me acompanha, a espera para me dominar

25.5.12


De repente a necessidade de sentir
de repente o vazio
algo me deixa oca.

Um sentimento de ausência
meio como uma premonição
não sei o que é ao certo
mas me aperta ao peito
e é apenas mais um dia.

Um dia como outro qualquer
mas que me faz pensar
repensar...

Será que questiono demais a existência
ou seria ela assim
estranha ao sentir
será que é isso mesmo o viver
algo que vem de um modo caótico
conflitante dentro de si.

Ou seria a vida algo mais
que deixei em algum canto
algo que parece uma lembrança
ingênua.

Eu me pergunto se ainda creio nas pessoas
e me vem muitas mágoas
me vem muitas feridas
em quem mais confiei.

E penso se ainda existo dentro delas
talvez não, mas o problema é que...

 Eu nunca esqueço!

Eu tive a ilusão de que com o tempo
tudo ficaria mais claro
e no entanto, fica cada vez mais difícil
e sempre o tempo
é curto demais.

Eu gostaria de chegar a um consenso
mas aqui tenho que ir ao encontro da falta de tempo
de um fazer que não é importante
mas que na mente eu creio que tenho que ir.