18.9.09

A muito tempo aqui não sento,
não respiro ou penso
apenas sigo o levar da vida
presa as horas, sempre sem tempo

Muito se vai, se faz, se transforma,
nada vejo, anestesiada na rotina...
Permaneço

Já não eu sinto, nem mesmo lamento
tudo de mim, absorvida
sem sentimento assim desprovida
passam-se dias, horas, meses
e assim nesta lida...
Já me esqueço

Algo acontece no fundo de mim e pouco percebo
nada me transborda
Passam-se pessoas, ventos, momentos
e na corrida destes dias
sou apenas meu sustento

Tudo tão pobre assim nesta hora
que muito de mim me vejo
reflito e me vem muito sofrimento
que só se faz nestes lapsos
onde sou mais...
que apenas um ponteiro do tempo.

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