28.6.09

Entre latas vazias padeço
Em meio a cinzeiros cheios amanheço
E caminho, ausente a mim mesma

Vazia e seca levanto
Como sem dia ou noite
Apenas andando permaneço

Lugares que passam
Tudo é só tempo
Mas de ti não esqueço

E me pergunto porque tudo retenho
Se as coisas se vão ao vento
E sei que depois me entristeço

Se não te faço crer
Se meu estar se faz em desânimo
E se na festa do adeus sempre compareço

Feliz mais eu seria sem o querer
Sem encontro ou desencontro
Porque sozinha não permaneço?

Tivesse eu a decisão das horas que sempre só avançam
Tivesse eu um só caminho nada hesitante
Fosse eu simples que tudo pudesse palavras dizer
Mas ainda assim, insisto e sempre desfaleço.

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