14.6.06

Desilusão

Até que ponto vale?
Aquela que, embora não seja certeza
faz-se esperança?

Talvez boba e ingênua
talvez pura e profunda
Ou tudo e mais

É algo de tão belo que
a questão não é o ponto
e sim o que vale?

A proporção da morte?
O quanto de vida trará?
O ideal não pertence a esta vida!
E me machuca.

Será no fim...
Algo que, no mais um momento?
Uma imagem em construção ruindo

Talvez sim, e este sim não seja tão mal,
mas talvez este mal escureça
e talvez nunca se esqueça
de forma a não mais brilhar

Há olhos porque a luz existe
e de que serve o coração
se o amor não reside?

E se o corpo é só invólucro?
Porque na alma dói?
Porque buscar o sonho
se o conforto vem do real?

E verdadeira questão é...
Por que acredito?
Se tudo já foi desdito?

Um comentário:

Pomba Valente disse...

Um belo poema, acho que nele a frase: "de que serve o coração se nele nao reside o amor" resume bem o sentido dele...

Bjs da Pomba