As árvores solitárias nas calçadas
Me vêem passar
Sinto sua tristeza e agonia
E eu sempre a passar
No mesmo caminho
Com o mesmo olhar
Elas me reconhecem em si
E eu nelas
Ali não queriam estar
Assim como eu não queria ali passar
Dia após dia
Elas se olham na distância
Pelo homem imposta
Lançam suas sementes
Na esperança de suas vidas povoar
Mas o que há envolta, é só cimento
Elas sonham com florestas
Mas o que recebem é fumaça e chuva ácida
Assim como eu
Sonho com um mundo a contemplar
Mas permaneço meus dias
Nos mesmos lugares
Presa pelas raízes
Do dinheiro da rotina do trabalho
19.8.07
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