Hoje a solidão veio a me falar
A requerir mais atenção
Sentei e ouvi, chorei com ela
Quanta dor no coração
Vem amiga, se recoste em mim
Eu não vou mais te deixar
O abandono eu também sofri
E vamos dele compartilhar
Desculpe a minha ausência
Quis no amor acreditar
Mas agora tenho a ti
sempre perto a me consolar
8.12.09
17.10.09
Eu queria hoje ter a pureza
ter assim, uma alegria ingênua
de quem não sabe o que é sofrer
Eu queria em tudo acreditar
e dizer a mim: VAI, VAI!!!
Como só quem ainda não caiu pode caminhar
Eu queria ser capaz de ver a beleza que tem
sem nenhuma mágoa ou névoa a carregar
E te daria um êxtase de início
Mas eu hoje sou assim
este ser já meio cansado
já um tanto esfacelado
Que não pode de tudo se desprender
Sou o novo, sempre ligado ao velho
e é o que posso te dar
Sou assim feliz com um olhar a pesar
sou o sorriso que derrama uma ponta de tristeza
o entusiasmo contido e desconfiado
Mas luto com tudo isso
para o pleno te dar
e em seu colo me findar
ter assim, uma alegria ingênua
de quem não sabe o que é sofrer
Eu queria em tudo acreditar
e dizer a mim: VAI, VAI!!!
Como só quem ainda não caiu pode caminhar
Eu queria ser capaz de ver a beleza que tem
sem nenhuma mágoa ou névoa a carregar
E te daria um êxtase de início
Mas eu hoje sou assim
este ser já meio cansado
já um tanto esfacelado
Que não pode de tudo se desprender
Sou o novo, sempre ligado ao velho
e é o que posso te dar
Sou assim feliz com um olhar a pesar
sou o sorriso que derrama uma ponta de tristeza
o entusiasmo contido e desconfiado
Mas luto com tudo isso
para o pleno te dar
e em seu colo me findar
Alguns drinks e algo mais
É sempre assim na noite
Palavras vão e pessoas vêm
São como sonhos, que aparecem e se esvaem
Pessoas são imagens nestas passagens
Não há depois, tudo no ar
Pessoas são ventos que atravessam
Acordo e tudo se acabou
Nada se retém
Pessoas são águas e tormentas
Perco-me, me afogo, e me encho
São confusas, são lamentos, são passados
Que se fazem no presente
Pessoas também são alocações decadentes
Querem tudo dizer e tudo mostrar
De um ser que não ali está
Pessoas são manchetes
E tablóides que se vendem
Pessoas...
Lindas, fabulosas e mentirosas
São pessoas e nada mais
É sempre assim na noite
Palavras vão e pessoas vêm
São como sonhos, que aparecem e se esvaem
Pessoas são imagens nestas passagens
Não há depois, tudo no ar
Pessoas são ventos que atravessam
Acordo e tudo se acabou
Nada se retém
Pessoas são águas e tormentas
Perco-me, me afogo, e me encho
São confusas, são lamentos, são passados
Que se fazem no presente
Pessoas também são alocações decadentes
Querem tudo dizer e tudo mostrar
De um ser que não ali está
Pessoas são manchetes
E tablóides que se vendem
Pessoas...
Lindas, fabulosas e mentirosas
São pessoas e nada mais
Finjo que passou, que tudo se perdeu
Que de nada guardo ou levo
Mas as canções ainda são as suas
Vou em frente, meio sem pensar
Sem querer resgatar
Mas ainda algo me leva a você
Mesmo sem comigo estar
Tenho agora calor
Tenho também ardor
Mas a tristeza me bate
e me leva até a você
E nos vejo sem o mesmo esplendor
Como algo que só ficou na intenção
De um quase amor, que já se findou
Em meus sonhos ainda se parece comigo
E meu quarto ainda é repleto de você
Dentro de mim ainda reside um espaço
Que embora não entenda, existe
E vou embora de você aos poucos
Em um lamento silencioso
De quem parte com o respeito
maior que o próprio ser
Que de nada guardo ou levo
Mas as canções ainda são as suas
Vou em frente, meio sem pensar
Sem querer resgatar
Mas ainda algo me leva a você
Mesmo sem comigo estar
Tenho agora calor
Tenho também ardor
Mas a tristeza me bate
e me leva até a você
E nos vejo sem o mesmo esplendor
Como algo que só ficou na intenção
De um quase amor, que já se findou
Em meus sonhos ainda se parece comigo
E meu quarto ainda é repleto de você
Dentro de mim ainda reside um espaço
Que embora não entenda, existe
E vou embora de você aos poucos
Em um lamento silencioso
De quem parte com o respeito
maior que o próprio ser
2.10.09
Huuuuummmmm...
Este hum, tem algo de gostoso em si
Também um “que” de lembrança
É uma coisa assim, que ressalta das demais
E é huuummmm...
Que traz em si um tanto de mistério
Aos que ouvem uma indefinição
Que intriga e deixa uma impressão
Que também fala de vontade
E também de satisfação
Revestido de desejo
E tão huuummm...
Sempre em continuação
Monossilábico e vasto
Tem tanto em si a dizer
Este hum, que me vem
Ao resgate na memória de você.
Também um “que” de lembrança
É uma coisa assim, que ressalta das demais
E é huuummmm...
Que traz em si um tanto de mistério
Aos que ouvem uma indefinição
Que intriga e deixa uma impressão
Que também fala de vontade
E também de satisfação
Revestido de desejo
E tão huuummm...
Sempre em continuação
Monossilábico e vasto
Tem tanto em si a dizer
Este hum, que me vem
Ao resgate na memória de você.
20.9.09
Eu vi...
Eu vi algo de beleza
eu vi também uma certa tristeza
E tanta doçura em seu existir
E ainda há algo muito além
muito mais profundo
e tanto mais sentimento
que sem saber está a exprimir
Eu a vi pairar no ar
numa queda graciosa e leve
E ninguém sabe da sua dor
Eu a vi levar a vida
se desgarrando de rancor
E te reconheço
num explicar sem razão
Eu a vi transmutada na delicadeza
eu vi mesmo que em sonho
a essência da tua natureza
Eu eu nunca a vi.
eu vi também uma certa tristeza
E tanta doçura em seu existir
E ainda há algo muito além
muito mais profundo
e tanto mais sentimento
que sem saber está a exprimir
Eu a vi pairar no ar
numa queda graciosa e leve
E ninguém sabe da sua dor
Eu a vi levar a vida
se desgarrando de rancor
E te reconheço
num explicar sem razão
Eu a vi transmutada na delicadeza
eu vi mesmo que em sonho
a essência da tua natureza
Eu eu nunca a vi.
Sou o melhor que pude fazer de mim
ainda assim me vejo tão distante
do que de mim mesma anseio
Já não me busco na perfeição
entendi que muito da vida é erro
e conserto ou reconstrução
E sempre existi um, se fosse assim
mas nada evolui sem o questionar
e que muito sou feliz
de nunca vir a me bastar
De que serviria eu continuar?
Se tudo de mim já se fizesse
Que dia viria eu a respirar?
se outros lugares já não quisesse
Assim vivo sempre a me desgostar
Me confundo e me perco
para sempre ter que algo novo a incorporar.
ainda assim me vejo tão distante
do que de mim mesma anseio
Já não me busco na perfeição
entendi que muito da vida é erro
e conserto ou reconstrução
E sempre existi um, se fosse assim
mas nada evolui sem o questionar
e que muito sou feliz
de nunca vir a me bastar
De que serviria eu continuar?
Se tudo de mim já se fizesse
Que dia viria eu a respirar?
se outros lugares já não quisesse
Assim vivo sempre a me desgostar
Me confundo e me perco
para sempre ter que algo novo a incorporar.
18.9.09
A muito tempo aqui não sento,
não respiro ou penso
apenas sigo o levar da vida
presa as horas, sempre sem tempo
Muito se vai, se faz, se transforma,
nada vejo, anestesiada na rotina...
Permaneço
Já não eu sinto, nem mesmo lamento
tudo de mim, absorvida
sem sentimento assim desprovida
passam-se dias, horas, meses
e assim nesta lida...
Já me esqueço
Algo acontece no fundo de mim e pouco percebo
nada me transborda
Passam-se pessoas, ventos, momentos
e na corrida destes dias
sou apenas meu sustento
Tudo tão pobre assim nesta hora
que muito de mim me vejo
reflito e me vem muito sofrimento
que só se faz nestes lapsos
onde sou mais...
que apenas um ponteiro do tempo.
não respiro ou penso
apenas sigo o levar da vida
presa as horas, sempre sem tempo
Muito se vai, se faz, se transforma,
nada vejo, anestesiada na rotina...
Permaneço
Já não eu sinto, nem mesmo lamento
tudo de mim, absorvida
sem sentimento assim desprovida
passam-se dias, horas, meses
e assim nesta lida...
Já me esqueço
Algo acontece no fundo de mim e pouco percebo
nada me transborda
Passam-se pessoas, ventos, momentos
e na corrida destes dias
sou apenas meu sustento
Tudo tão pobre assim nesta hora
que muito de mim me vejo
reflito e me vem muito sofrimento
que só se faz nestes lapsos
onde sou mais...
que apenas um ponteiro do tempo.
20.8.09
Fragmentos de pensamentos
que vão e que vêm
e em estilhaços se explodem
que se dissipam, ou não, com o tempo
Alguns se cravam e me rasgam
outros absorvo e me complementam
e se instalam, sem adeus
Se misturam e entrelaçam
a tantos sentimentos
e nada os definem ou separam
A percorrer a vida num só momento
os invejo e tenho medo
Caleidoscópicos
não os decifro ou explico
sinto e penso
Assim se firmam meus pensamentos
fustigam a minha dor
elevam minhas alegrias
reforçam meus lamentos
E tantos são os pensamentos.
que vão e que vêm
e em estilhaços se explodem
que se dissipam, ou não, com o tempo
Alguns se cravam e me rasgam
outros absorvo e me complementam
e se instalam, sem adeus
Se misturam e entrelaçam
a tantos sentimentos
e nada os definem ou separam
A percorrer a vida num só momento
os invejo e tenho medo
Caleidoscópicos
não os decifro ou explico
sinto e penso
Assim se firmam meus pensamentos
fustigam a minha dor
elevam minhas alegrias
reforçam meus lamentos
E tantos são os pensamentos.
18.8.09
Sou tênue, sou branda
E lento é o meu falar
Caminho como o vento que flui
Mas sempre a me arrebatar
Existi em mim tantas
Mas nestas muitas,
sempre sou eu.
Sou engraçada, por vezes, triste
mas sempre atenta
e pronta a ouvir
Muitos são meus defeitos
E muitos, ainda mais, meus erros
mas o bem reside em mim
Minhas rimas, boas ou ruins
ainda que pobres, sentidas
derramam o meu exprimir
Talvez eu ande muito só,
mas é em companhia
que algo me move
que me sinto existir.
Os caminhos a que escolho
muitos se extinguem
E me deixam sem direção
Mas o tempo, é muitas vezes solução
E continuo a prosseguir
Pelas vidas que habito
Que venho a perder
Que me contento, que desfaleço
E pelo muito que penso
A vida continua a fluir.
E lento é o meu falar
Caminho como o vento que flui
Mas sempre a me arrebatar
Existi em mim tantas
Mas nestas muitas,
sempre sou eu.
Sou engraçada, por vezes, triste
mas sempre atenta
e pronta a ouvir
Muitos são meus defeitos
E muitos, ainda mais, meus erros
mas o bem reside em mim
Minhas rimas, boas ou ruins
ainda que pobres, sentidas
derramam o meu exprimir
Talvez eu ande muito só,
mas é em companhia
que algo me move
que me sinto existir.
Os caminhos a que escolho
muitos se extinguem
E me deixam sem direção
Mas o tempo, é muitas vezes solução
E continuo a prosseguir
Pelas vidas que habito
Que venho a perder
Que me contento, que desfaleço
E pelo muito que penso
A vida continua a fluir.
26.7.09
15.7.09
Tô abstraindo o tédio, a solidão, uma existência sem razão
Abstraio a rotina, a falta de emoção, as noite em vão
Ainda abstraio as pessoas pequenas
Abstraio tudo que agora não consigo
por resgatar a escrever
Abstraio até a mim mesma,
que também sou cheia de problemas
Abstraio na bebida e na ocupação, o tempo
Abstraio tanto que penso ser vaga
mas minto a dizer ser abstração
Tudo ainda é tormento
e só com o esquecimento
encontraria eu a solução.
Abstraio a rotina, a falta de emoção, as noite em vão
Ainda abstraio as pessoas pequenas
Abstraio tudo que agora não consigo
por resgatar a escrever
Abstraio até a mim mesma,
que também sou cheia de problemas
Abstraio na bebida e na ocupação, o tempo
Abstraio tanto que penso ser vaga
mas minto a dizer ser abstração
Tudo ainda é tormento
e só com o esquecimento
encontraria eu a solução.
6.7.09
Vazio, cansaço e coisas que me trazem aborrecimentos
Alguns problemas, alguns afazeres, e silêncio
Os dias passam... mas o que esperar dos dias,
Os dias são vazios e pálidos como eu
Eu era feliz um dia... Talvez
Tento comprar umas alegrias
mas não tem muita graça
São coisas frias que não movem nada
E eu que sempre sorria...
Tento encontrar pessoas
Que também ficaram frias
E ocupadas estão em seu pensar
Tento sair e uma surpresa da vida vivenciar
Mas as ruas estão sombrias
E prontas a machucar
Encontro o conforto da cama vazia
A me amparar e me abraçar
Sem sentimentos a me consolar
Para o mesmo dia eu começar.
Alguns problemas, alguns afazeres, e silêncio
Os dias passam... mas o que esperar dos dias,
Os dias são vazios e pálidos como eu
Eu era feliz um dia... Talvez
Tento comprar umas alegrias
mas não tem muita graça
São coisas frias que não movem nada
E eu que sempre sorria...
Tento encontrar pessoas
Que também ficaram frias
E ocupadas estão em seu pensar
Tento sair e uma surpresa da vida vivenciar
Mas as ruas estão sombrias
E prontas a machucar
Encontro o conforto da cama vazia
A me amparar e me abraçar
Sem sentimentos a me consolar
Para o mesmo dia eu começar.
28.6.09
Entre latas vazias padeço
Em meio a cinzeiros cheios amanheço
E caminho, ausente a mim mesma
Vazia e seca levanto
Como sem dia ou noite
Apenas andando permaneço
Lugares que passam
Tudo é só tempo
Mas de ti não esqueço
E me pergunto porque tudo retenho
Se as coisas se vão ao vento
E sei que depois me entristeço
Se não te faço crer
Se meu estar se faz em desânimo
E se na festa do adeus sempre compareço
Feliz mais eu seria sem o querer
Sem encontro ou desencontro
Porque sozinha não permaneço?
Tivesse eu a decisão das horas que sempre só avançam
Tivesse eu um só caminho nada hesitante
Fosse eu simples que tudo pudesse palavras dizer
Mas ainda assim, insisto e sempre desfaleço.
Em meio a cinzeiros cheios amanheço
E caminho, ausente a mim mesma
Vazia e seca levanto
Como sem dia ou noite
Apenas andando permaneço
Lugares que passam
Tudo é só tempo
Mas de ti não esqueço
E me pergunto porque tudo retenho
Se as coisas se vão ao vento
E sei que depois me entristeço
Se não te faço crer
Se meu estar se faz em desânimo
E se na festa do adeus sempre compareço
Feliz mais eu seria sem o querer
Sem encontro ou desencontro
Porque sozinha não permaneço?
Tivesse eu a decisão das horas que sempre só avançam
Tivesse eu um só caminho nada hesitante
Fosse eu simples que tudo pudesse palavras dizer
Mas ainda assim, insisto e sempre desfaleço.
Cansei de pensar
de tentar entender
de buscar respostas nas entrelinhas de você
aguardo seu juizo
como quem aguarda sua sentença
para assim viver ou morrer
Na alegria ou no lamento do seu querer
Nas lembranças doces e cortantes
que deixou no meu viver
Sigo, se assim quiser
Não te esqueço
Não te escarneço
Apenas triste amanheço...
de tentar entender
de buscar respostas nas entrelinhas de você
aguardo seu juizo
como quem aguarda sua sentença
para assim viver ou morrer
Na alegria ou no lamento do seu querer
Nas lembranças doces e cortantes
que deixou no meu viver
Sigo, se assim quiser
Não te esqueço
Não te escarneço
Apenas triste amanheço...
5.6.09
Eu não posso ser o que nem sei
o que não consigo ver
que está nos olhos que aqui me vêem
Sou ainda este eu
este eu que me agrada
e que às vezes odeio
E me faz repensar
fazer e desfazer
e voltar a ser o que fui
o que eu reneguei
Eu abro as portas que ontem fechei
e acredito, como se nunca por ali andei
Deixo-me habitar, e me fazer em festa
sem pensar na bagunça de depois
Eu não sou mais o momento
O centro do seu centro
E em seu carinho ausente
Me calo, imersa em dor
O que me reaviva é o que me volta a morte
Como as ondas que vem e que vão
E que deixam suas marcas desenhadas pelo chão
Minha tristeza se agarra em qualquer coisa de você
E fico sem saber o que fazer para não te perder
Sem saber o que dizer a minha saudade
que reclama sempre um pouquinho mais
Não te digo o que pressinto
pois temo a dor da confirmação
e não quero encarar a separação
Ainda te vejo nos braços meus
desejo que seus beijos ainda sejam meus beijos
e não na dor triste do adeus
Deus queira que seja bobagem o que sinto
Que esteja eu sofrendo em vão
Que tudo não passe de um delírio
Medos tolos de meu coração
o que não consigo ver
que está nos olhos que aqui me vêem
Sou ainda este eu
este eu que me agrada
e que às vezes odeio
E me faz repensar
fazer e desfazer
e voltar a ser o que fui
o que eu reneguei
Eu abro as portas que ontem fechei
e acredito, como se nunca por ali andei
Deixo-me habitar, e me fazer em festa
sem pensar na bagunça de depois
Eu não sou mais o momento
O centro do seu centro
E em seu carinho ausente
Me calo, imersa em dor
O que me reaviva é o que me volta a morte
Como as ondas que vem e que vão
E que deixam suas marcas desenhadas pelo chão
Minha tristeza se agarra em qualquer coisa de você
E fico sem saber o que fazer para não te perder
Sem saber o que dizer a minha saudade
que reclama sempre um pouquinho mais
Não te digo o que pressinto
pois temo a dor da confirmação
e não quero encarar a separação
Ainda te vejo nos braços meus
desejo que seus beijos ainda sejam meus beijos
e não na dor triste do adeus
Deus queira que seja bobagem o que sinto
Que esteja eu sofrendo em vão
Que tudo não passe de um delírio
Medos tolos de meu coração
9.4.09
Bloqueio, é tudo que tenho
Palavras não vêem,
angústia neste inexprimir
que anseio
Tento derramar o que retenho
É inútil, tudo se faz fugir
É tão simples o que desejo
Mas vãs são as palavras no meu construir
Que assim fico em silêncio
A traduzir todo o meu sentir
Sem que nada deste sentimento
Se passe sem se exibir
Pode ter algo de mistério
Em seu tímido existir
Mas tudo que aqui tenho
Monta-se muito mais em meu agir
E se ainda assim, tudo se fizer vago
E nada de mim te mostrar eu conseguir
Que creia nestas poucas palavras
Que dizem pouco do meu muito sentir.
Palavras não vêem,
angústia neste inexprimir
que anseio
Tento derramar o que retenho
É inútil, tudo se faz fugir
É tão simples o que desejo
Mas vãs são as palavras no meu construir
Que assim fico em silêncio
A traduzir todo o meu sentir
Sem que nada deste sentimento
Se passe sem se exibir
Pode ter algo de mistério
Em seu tímido existir
Mas tudo que aqui tenho
Monta-se muito mais em meu agir
E se ainda assim, tudo se fizer vago
E nada de mim te mostrar eu conseguir
Que creia nestas poucas palavras
Que dizem pouco do meu muito sentir.
2.4.09
Não pense que serei a salvação
não busque algo de refugio em mim
nem me queira como algo que possa reter
Eu sou um tanto de perdição
sem pretensão, mas sou assim
por algo além do que posso ver
Existe algo de sedução
em meu buscar sem fim
no desejo eterno de padecer
E se sucumbirmos a esta tentação
e se eu vier a te buscar mais que a mim
não me afogue em seu querer
Deixemo-nos sentir esta sensação
e que possamos gozar assim
do que não se pode prever
do que esta por vir
Pois se de repente vier a surgir
e estiver além do querer
como em outra dimensão
A reavivar toda e qualquer emoção
a fazer de crenças o dia a existir
onde me encontro e me deleito a seu querer
e se assim também vier a me sentir
Que vivamos intensamente!
mesmo que em perdição
E se mesmo assim, tudo se desfizer
e for inevitável a separação
Que guardemos as lembranças,
sem devastação
deste amor inesperado
e imortalizado em mim.
não busque algo de refugio em mim
nem me queira como algo que possa reter
Eu sou um tanto de perdição
sem pretensão, mas sou assim
por algo além do que posso ver
Existe algo de sedução
em meu buscar sem fim
no desejo eterno de padecer
E se sucumbirmos a esta tentação
e se eu vier a te buscar mais que a mim
não me afogue em seu querer
Deixemo-nos sentir esta sensação
e que possamos gozar assim
do que não se pode prever
do que esta por vir
Pois se de repente vier a surgir
e estiver além do querer
como em outra dimensão
A reavivar toda e qualquer emoção
a fazer de crenças o dia a existir
onde me encontro e me deleito a seu querer
e se assim também vier a me sentir
Que vivamos intensamente!
mesmo que em perdição
E se mesmo assim, tudo se desfizer
e for inevitável a separação
Que guardemos as lembranças,
sem devastação
deste amor inesperado
e imortalizado em mim.
14.3.09
O dia amanhece, aos poucos tudo vai ganhando nitidez
Mas eu ainda não dormi nem amanheci, apenas vago
Não sou noite nem dia, sou tão pouco gente
Sou como o vento, que transpassa e assiste ao mundo
Caminho pelas ruas ainda mortas,
habitada por pensamentos
Não estou fora nem estou dentro
Apenas penso, num mesclar sem fim
As coisas que passam a meus olhos
me levam ao fundo de mim
Respiro a cada momento,
cada passo um acontecimento
Mas que começa e se finda em mim
Só eu estou a ver,
apenas eu estou a sentir
Sou eu um mundo, giro, morro e nasço
E ainda sou eu neste mundo todo
Onde não sei existir.
Mas eu ainda não dormi nem amanheci, apenas vago
Não sou noite nem dia, sou tão pouco gente
Sou como o vento, que transpassa e assiste ao mundo
Caminho pelas ruas ainda mortas,
habitada por pensamentos
Não estou fora nem estou dentro
Apenas penso, num mesclar sem fim
As coisas que passam a meus olhos
me levam ao fundo de mim
Respiro a cada momento,
cada passo um acontecimento
Mas que começa e se finda em mim
Só eu estou a ver,
apenas eu estou a sentir
Sou eu um mundo, giro, morro e nasço
E ainda sou eu neste mundo todo
Onde não sei existir.
Pior que perder por erros alguém,
é perder por algum motivo além
por razões e impossibilidades
que estão acima das capacidades
Por piadas que a vida insiste em fazer
e também destinos que caminham ao desfazer
e que por mais forte que se seja
recai a dor do não se ter
Essa noção do pequeno que sou
a consciência do ser limitado
Do real duro e implacável
me deixa triste e só
A frustração do inatingível se monta
E tudo que tenho são palavras e desejos
Contra o sólido e tátil mundo
Sofro o que não tive, nunca cheguei a ter
mas que se fez um bom prenúncio de vir a ser
algo que encanta, em seu imaginar
A mente é tão mais que o corpo
tanto mais é seu poder
tão mais nobre e abdicada
Mas o corpo, Ah, o corpo é querer
E nesta fase de vida eu também sou corpo
o seu tocar eu também sou
e ainda assim sou algo mais
não sou só o desejo
mas este em mim se instala
e anseio por afogá-lo
O que tenho desdenho
o que me foge desejo
e assim vou vivendo
de muito querer
e tão pouco vir a ter
é perder por algum motivo além
por razões e impossibilidades
que estão acima das capacidades
Por piadas que a vida insiste em fazer
e também destinos que caminham ao desfazer
e que por mais forte que se seja
recai a dor do não se ter
Essa noção do pequeno que sou
a consciência do ser limitado
Do real duro e implacável
me deixa triste e só
A frustração do inatingível se monta
E tudo que tenho são palavras e desejos
Contra o sólido e tátil mundo
Sofro o que não tive, nunca cheguei a ter
mas que se fez um bom prenúncio de vir a ser
algo que encanta, em seu imaginar
A mente é tão mais que o corpo
tanto mais é seu poder
tão mais nobre e abdicada
Mas o corpo, Ah, o corpo é querer
E nesta fase de vida eu também sou corpo
o seu tocar eu também sou
e ainda assim sou algo mais
não sou só o desejo
mas este em mim se instala
e anseio por afogá-lo
O que tenho desdenho
o que me foge desejo
e assim vou vivendo
de muito querer
e tão pouco vir a ter
12.3.09
Nasci sopro de vento
Hoje sou bolha
abandonada em meio ao mar
Não posso fluir,
e demorado é meu emergir
Não posso formas ganhar
o mar está a me comprimir
Estou perdida em sua imensidão
onde tudo é pesado e turvo
Não há luz a que eu possa refletir
nem sons a levar
ou aromas a espalhar
Sou bolha, limitada e isolada
luto para a superfície chegar
neste tempo de reclusão
só me resta a mim e minha solidão.
Hoje sou bolha
abandonada em meio ao mar
Não posso fluir,
e demorado é meu emergir
Não posso formas ganhar
o mar está a me comprimir
Estou perdida em sua imensidão
onde tudo é pesado e turvo
Não há luz a que eu possa refletir
nem sons a levar
ou aromas a espalhar
Sou bolha, limitada e isolada
luto para a superfície chegar
neste tempo de reclusão
só me resta a mim e minha solidão.
Definição
A Indefinição sustenta possibilidades
A Inquietação impulsiona mudanças
A imaginação transforma realidades
O tempo confronta verdades
Sou um todo disforme que vaga em liberdade
Minha alma é explosão de cores que se sobrepõem
que se harmonizam e se opõem
E assim caminho pelo tempo
Sou como as tintas na tela
que se misturam e se movimentam
a construir e desmontar imagens
Mas o tempo também se cansa
E as tintas secam
Sem vida, movimento ou possibilidades
reduzidas e condenadas a uma só imagem
Existe um momento em que se faz preciso a definição
em que é preciso decidir qual será a imagem a retratar
ou corre-se o risco de se firmar em algo sem expressão
Neutralizada e estática, definida pelo tempo
um dia também eu serei e me questiono
qual será a imagem a que eu resultarei.
A Inquietação impulsiona mudanças
A imaginação transforma realidades
O tempo confronta verdades
Sou um todo disforme que vaga em liberdade
Minha alma é explosão de cores que se sobrepõem
que se harmonizam e se opõem
E assim caminho pelo tempo
Sou como as tintas na tela
que se misturam e se movimentam
a construir e desmontar imagens
Mas o tempo também se cansa
E as tintas secam
Sem vida, movimento ou possibilidades
reduzidas e condenadas a uma só imagem
Existe um momento em que se faz preciso a definição
em que é preciso decidir qual será a imagem a retratar
ou corre-se o risco de se firmar em algo sem expressão
Neutralizada e estática, definida pelo tempo
um dia também eu serei e me questiono
qual será a imagem a que eu resultarei.
9.3.09
Sem palavras...
Não quero ter que dizer nada!
Não quero pensar
nem ter que ser
ou mesmo parecer
Sim, me abstenho das opiniões
abdico às explicações
deixo o mundo falar por mim
de mim ou seja o que for
Sim, vou ficar indiferente
quero quase inexistir
vou repousar no nulo
onde não tenho que decidir
Que a minha mente hoje está cansada!
E quero cair no esquecimento do meu esquecimento
e viver ainda que por um momento
a calma do vazio e do silêncio.
Não quero pensar
nem ter que ser
ou mesmo parecer
Sim, me abstenho das opiniões
abdico às explicações
deixo o mundo falar por mim
de mim ou seja o que for
Sim, vou ficar indiferente
quero quase inexistir
vou repousar no nulo
onde não tenho que decidir
Que a minha mente hoje está cansada!
E quero cair no esquecimento do meu esquecimento
e viver ainda que por um momento
a calma do vazio e do silêncio.
3.3.09
Cantiga
Eu vejo a Lua mansa caminhar no céu
E embalo cantigas como um trovador
Me encontro em seu brilho solitário e nú
Faço uma serenata mas sem teu amor
Viajo em pensamentos
me sinto sem ter fim
Que faço eu da vida
sou só um sonhador
E quando vejo o mundo fico triste assim
Sou eu tão solitário sem o teu calor
As noites vão se passando e eu fico ruim
E tudo assim se vai, ó Deus sou infeliz
Me perco em sentimentos
que recoam em mim
caminho pela vida
sou apenas um amador
As horas já não passam voltam sempre a ti
tudo se fez amargo sem o teu sabor
Lembranças me maltratam e eu fico ruim
E tudo se desfaz , ó Deus sou infeliz
Brincando pelas horas
eu resgato a ti
Vivendo dos momentos
em que esteve em mim
Se tudo é ilusão não quero nem pensar
Pois tudo em meu peito só vai te buscar
Me volto a este tempo em que fui feliz
E tudo que te peço, Amor volta pra mim
E embalo cantigas como um trovador
Me encontro em seu brilho solitário e nú
Faço uma serenata mas sem teu amor
Viajo em pensamentos
me sinto sem ter fim
Que faço eu da vida
sou só um sonhador
E quando vejo o mundo fico triste assim
Sou eu tão solitário sem o teu calor
As noites vão se passando e eu fico ruim
E tudo assim se vai, ó Deus sou infeliz
Me perco em sentimentos
que recoam em mim
caminho pela vida
sou apenas um amador
As horas já não passam voltam sempre a ti
tudo se fez amargo sem o teu sabor
Lembranças me maltratam e eu fico ruim
E tudo se desfaz , ó Deus sou infeliz
Brincando pelas horas
eu resgato a ti
Vivendo dos momentos
em que esteve em mim
Se tudo é ilusão não quero nem pensar
Pois tudo em meu peito só vai te buscar
Me volto a este tempo em que fui feliz
E tudo que te peço, Amor volta pra mim
18.2.09
As Ondas
Os recuos da vida deixam marcas
que a todo momento se sobrepõem
em seu avanço e recuo, sempre contínuo
E te vejo chegar e partir
como a areia aos pés do mar
sempre a aguardar o seu vir
Embora muito de ti parta
Sou árida e sedenta
Te absorvo, ainda que fujas de mim
Sua fúria por mais das vezes me arrasta
roubando pedaços de mim
que deixo ir e ir
Mas quando vem mansa
e suavemente me cobre
estou de volta ao ventre
e nada pode me ferir
Danço no seu movimento
me embalo em seu fluxo
e me misturo sem nem mais existir
Estou livre e flutuante
sou eu e você dentro de nós
a mergulhar e emergir
E quando me dou por mim
de volta a seus pés estou
em seu constante chegar e partir
que a todo momento se sobrepõem
em seu avanço e recuo, sempre contínuo
E te vejo chegar e partir
como a areia aos pés do mar
sempre a aguardar o seu vir
Embora muito de ti parta
Sou árida e sedenta
Te absorvo, ainda que fujas de mim
Sua fúria por mais das vezes me arrasta
roubando pedaços de mim
que deixo ir e ir
Mas quando vem mansa
e suavemente me cobre
estou de volta ao ventre
e nada pode me ferir
Danço no seu movimento
me embalo em seu fluxo
e me misturo sem nem mais existir
Estou livre e flutuante
sou eu e você dentro de nós
a mergulhar e emergir
E quando me dou por mim
de volta a seus pés estou
em seu constante chegar e partir
15.2.09
Dentro dos muitos momentos em que existo
algo de ti persiste
assim, muito sem razão,
sempre presente
numa estranha sensação.
E ainda que no passado...
Sempre te espreita na decisão
sempre num passar, não passante
Algo de esperança simplesmente
que embora ausente
se faz em meu dia presente.
Que mesmo que não dentro
se faz o sentido de meu existir
Num pranto bonito
que se faz maior só por si
Dentro desses momentos e sentimentos
Onde Deus reside, no seu ato desmedido
Onde me encontro e me espelho
em minha incapacidade imensa
Sou eu assim, sem rumo ou destino
tudo bagunço, tudo desvio
mas o bem que busco é real, e imenso
Num existir de paixão,
assim luto, sempre,
numa existência sem padrão,
onde tudo que me diz a alma
é o que sigo sem noção.
E apenas sou eu
assim, frágil,
humana, cheia de emoção.
algo de ti persiste
assim, muito sem razão,
sempre presente
numa estranha sensação.
E ainda que no passado...
Sempre te espreita na decisão
sempre num passar, não passante
Algo de esperança simplesmente
que embora ausente
se faz em meu dia presente.
Que mesmo que não dentro
se faz o sentido de meu existir
Num pranto bonito
que se faz maior só por si
Dentro desses momentos e sentimentos
Onde Deus reside, no seu ato desmedido
Onde me encontro e me espelho
em minha incapacidade imensa
Sou eu assim, sem rumo ou destino
tudo bagunço, tudo desvio
mas o bem que busco é real, e imenso
Num existir de paixão,
assim luto, sempre,
numa existência sem padrão,
onde tudo que me diz a alma
é o que sigo sem noção.
E apenas sou eu
assim, frágil,
humana, cheia de emoção.
29.1.09
Só, sozinho, solidão
Paredes, teto, chão
Móveis, computador, televisão
Só, sozinho, solidão.
Silêncio, ordem, previsão
Segurança, tempo, ocupação
Só, sozinho, solidão.
Trabalho, dinheiro, aquisição
Clausura, certeza, proteção
Só, sozinho, solidão.
Pensamentos, monólogos, divagação
Resguardo, defesa, obstrução
Só, sozinho, solidão...
Móveis, computador, televisão
Só, sozinho, solidão.
Silêncio, ordem, previsão
Segurança, tempo, ocupação
Só, sozinho, solidão.
Trabalho, dinheiro, aquisição
Clausura, certeza, proteção
Só, sozinho, solidão.
Pensamentos, monólogos, divagação
Resguardo, defesa, obstrução
Só, sozinho, solidão...
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